Book Haul Retroativo: Março de 2015

Continuando a tradição, temos hoje o Book Haul Retroativo de Março de 2015.

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Brincando com Fogo Gordon Ramsay

Comprei esse livro por impulso numa liquidação de uma livraria da minha faculdade. Não me entenda mal, sempre adorei Gordon Ramsay e seu vocabulário sexy, então, na verdade, foi um achado.

No momento em que escrevo esse livro, posso dizer que já li a obra e, de fato, me surpreendi em alguns sentidos. Primeiro: não é uma história. Para quem espera algum tipo de biografia, vai se decepcionar com o livro. Segundo: eu não me decepcionei. Eventualmente, vou fazer a resenha desse livro e contar mais a fundo, mas devo dizer que muito se pode aprender com a visão (sincera) de quem já cresceu muito na vida e está disposto a ensinar quem também deseja isso.

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Quimioterapia e BelezaFlávia Flores

Outro livro proveniente daquela liquidação de faculdade, mas que li em um dia, rapidinho. Esse livro, a despeito do tema, não é triste. Na verdade, é um daqueles raros livros que, ao prometerem algo, não cumulam sensações intrusas. Quando Flávia Flores diz que vai falar sobre o tratamento de seu câncer e que vai também tratar sobre a possibilidade de uma paciente do câncer de manter sua beleza, ela não está mentindo. Não existe aquele rastro de autopiedade na narrativa: ela expõe tudo de forma clara, límpida e rápida, sem lenga lenga e, mais importante, não se esquecendo em nenhum momento de que, por mais feliz que se possa abordar um tema como esse, não se pode em momento algum subestimar a força de uma doença como o câncer.
CAIXA_DE_PASSAROS_NAO_ABRA_OS_1419970578428836SK1419970578BCaixa de PássarosJosh Malerman

Esse, infelizmente, eu ainda não li, motivo pelo qual os deixo com a sinopse oficial.

“Romance de estreia de Josh Malerman, “Caixa de Pássaros” é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler.
Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.”

Até a próxima,

 

C.R.

Book Haul Retroativo: Fevereiro de 2015

Continuando com o Book Haul Retroativo 2015, o mês de Fevereiro foi para mim quase temático, principalmente depois que o Submarino deu a doida e colocou metade dos livros de Lionel Shriver na promoção.

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Precisamos Falar sobre o Kevin  Lionel Shriver

O livro que consagrou Lionel Shriver no mundo da escrita é, para mim, um dos grande motivos pelos quais eu acredito que o elo de adoração pais-e-filhos nem sempre é perfeito.

Trata-se de um livro visceral, motivo pelo qual é um dos meus preferidos dela. Aqui, as metáforas dela, as elaborações trabalhadas de diálogos reais estão no auge e o desenvolver da trama angustia, prende e arrasa o leitor.

Não é livro para qualquer audiência, isso é fato. Existem cenas tão absurdamente expostas, como carne viva, que o incômodo é quase inescapável. É por causa de livros pé no chão como esses que Lionel Shriver é a minha escritora favorita.

dupla-faltaDupla Falta – Lionel Shriver

Esse, até o momento, eu não li ainda. Considerando que os outros tomos de Shriver são absurdamente caros aqui no Brasil (chegando à audácia de custar algo entre R$75,00 e R$100,00), eu escolho com cuidado quando leio qualquer livro dela.

Esse trata de competição entre marido e mulher, o que acredito que vai ser fantástico (!) considerando a visão que Shriver tem de casamento.

Tenho planos de leitura dele para esse ano ainda.

 

 

Baixar-Livro-O-Mundo-Pos-Aniversario-Lionel-Shriver-em-PDF-ePub-e-MobiO Mundo pós Aniversário – Lionel Shriver

Sabe aquele livro que você pega e espera um milhão de coisas dele? Claro, esse foi melhor. O Mundo Pós-Aniversário foi, sem sombra de dúvida, um dos melhores de 2015.

Eu li e vou reler a fim de fazer resenha, mas desconheço que seja capaz de captar toda ambientação, toda vibe de um livro como esse.

Ramsey Acton foi, é e sempre será uma tremenda crush minha. Lawrence que se exploda. E, agora, eu a-do-ro sinuca.

 

 

grande-irmao-lionel-shriver-ligia-braslauskas-livro-600Grande Irmão – Lionel Shriver

Os livros de Shriver tem a curiosa característica de possuírem títulos que enganam o leitor num primeiro momento. Esse, como qualquer um imagina ao pegá-lo, não se trata de uma distopia de um mundo controlado por uma entidade opressora. A não ser que a obesidade seja considerada uma entidade, caso no qual, então, o título se encaixa perfeitamente no conceito.

Já li também e acredito que tenha que reler uma ou duas vezes para conseguir fazer resenha. Baba-ovo mil para qualquer livro de Shriver, mas, na minha opinião, nenhum livro pode ser compreendido em uma leitura só, principalmente se for dela.

EnsaioPássaros FeridosColleen McColough

Não, essa não é a edição que eu comprei. Que ódio.

Na verdade, a minha veio de um sebo enormemente pequeno na Consolação, onde achei a edição mais surrada do mundo desse livro que li quando ainda estava no ensino fundamental.

Se eu planejo lê-lo novamente? Talvez, quem sabe.

McCollough tem a incrível capacidade de instigar o afeto para com seus personagens. Frank, mesmo depois de quase 10 anos, ainda me gruda na caixa craniana.

 

Finalizando o Book Haul Retroativo de Fevereiro de 2015, terminamos com cinco livros comprados e, desses cinco, quatro livros. Só não li todos porque economizo histórias, principalmente as quais antecipo tantas.

Até a próxima.

C. R.

Book Haul Retroativo: Janeiro de 2015

Apesar de eu ter começado esse blog somente no meio do último semestre de 2015, não acho justo deixar para trás tudo que aconteceu antes da minha estréia. Considerando que começamos um novo ano, vou fazer um Book Haul retroativo. Mensalmente divido em dois posts, explico o que comprei em Janeiro de 2015 e Janeiro de 2016.

Janeiro de 2015:

TEMPO_E_DINHEIRO_1336092650BTempo é DinheiroLionel Shriver

Estou lendo esse livro agora. De. Novo.

A minha primeira aquisição do ano passado foi da minha autora preferida, Lionel Shriver. Eu era bem mais nova quando peguei esse livro pela primeira vez, na Biblioteca de São Paulo e, apesar do tema ligeiramente mórbido, mais voltado para a sick-lit, eu me apaixonei pelo estilo de escrita de Shriver. Na minha opinião, em termos de ironia e escrita seca, completamente nua, não existe ninguém melhor que ela.

Depois desse tomo, fui atrás de outros, para descobrir mais sobre o que havia dentro da cabeça de Lionel Shriver. Diante disso, descobri vários outros volumes, os quais comprei sem hesitar. Veio “Precisamos falar sobre Kevin”, “O Mundo Pós-Aniversário”, “Grande Irmão” e ainda os outros livros dela que preciso ler.

Mas “Tempo é Dinheiro” foi a porta de entrada. Farei review dele aqui no blog.

Sinopse:

‘Shep Knacker sempre economizou para a “Outra Vida”: um retiro idílico no Terceiro Mundo, onde um modesto pé-de-meia poderia durar para sempre. Os engarrafamentos de Nova York seriam substituídos por tempo para “falar, pensar, ver e ser” – e por horas de sono suficientes. Quando ele vende sua empresa de consertos domésticos por um milhão de dólares, parece que seu sonho finalmente será realizado. Ainda que Glynis, com quem é casado há 26 anos, sempre arrume desculpas e diga que nunca é o momento certo para partirem. Cansado de trabalhar como um peão para o idiota que comprou sua companhia, Shep anuncia que está de mudança para uma ilha na Tanzânia, com ou sem a esposa.
Recém-chegada de uma consulta médica, Glynis também tem um anúncio a fazer: Shep não pode ir a lugar algum. Ela está doente e precisa desesperadamente de seu plano de saúde. Mas o convênio cobre apenas parte das despesas incrivelmente altas do tratamento, e o pé-de-meia de Shep para a Outra Vida parece se desfazer a cada dia.
Um romance brutalmente honesto, Tempo é dinheiro acompanha as transformações de um casamento que é posto à prova ao mesmo tempo que se fortalece com as exigências de uma doença grave, e se revela uma inesperada oportunidade para a ternura, a renovação da intimidade e o humor ácido. Em uma pesada crítica aos sistemas de saúde, Lionel Shriver se atreve a fazer a temida pergunta: quanto custa a vida de uma pessoa?’

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A Noite Devorou o MundoPit Agarmen

O segundo e último livro que eu comprei em Janeiro foi uma viagem para uma filosofia da sociedade atual e, aproveitando o ensejo contemporâneo, se utilizou de um aspecto de obsessão presente que está em tudo quanto é canto: zumbis.

Leitura rápida, mas impactante. Não deixa de ser verossímil por se tratar de um apocalipse zumbi.

Eventualmente, chegarei a fazer a resenha desse volume aqui no blog.

Só não vou dizer que recomendo a todos. É o tipo de leitura que quem gosta tem uma tendência para a solidão e a melancolia, afinal, é sobre um cara que sobreviveu ao apocalipse e agora vive sozinho, tentando sobreviver. Ele não é herói, tampouco seria o centro de uma história como “The Walking Dead”. A filosofia fala mais alto aqui.

A humanidade estava em decadência e a extinção era apenas uma questão de tempo. Mas a natureza não quis esperar. Uma epidemia atacou os seres humanos e os transformou em criaturas demoníacas, famintas, com predileção pela carne humana. No mundo inteiro, as pessoas estão se transformando em zumbis. Antoine Verney é um sobrevivente e o anti-herói por excelência do livro de Pit Agarmen, pseudônimo (e anagrama) do escritor Martin Page, autor de Como me tornei estúpido. Neste inusitado romance, Page faz uma fábula sobre a sociedade de consumo e a apatia que transformou a todos em mortos-vivos, destilando a melancolia e a ironia que marcam a sua obra.
No livro, Antoine desperta de uma bebedeira em um apartamento vazio, com um morto na sala e sinais de luta pelos aposentos. Por mero acaso, seu porre memorável e a capacidade de não se fazer notar salvou sua vida. Ele não fica tão surpreso assim. Afinal, há muito tempo que a humanidade atingiu o último estágio da decadência, da selvageria e da crueldade.
Enquanto os zumbis lotam as ruas de Paris, Antoine pensa estar seguro em um luxuoso apartamento com vista para Montmartre. Assim como um Robinson Crusoe moderno, Antoine aprende a sobreviver e a enfrentar a solidão. O estigma de ser o último ser humano paira sobre sua cabeça, e a dor e o pânico de uma vida inútil ameaçam a sua lucidez. Armado com um rifle, ele se surpreende ao descobrir que pode matar e que ainda possui talento para isso. E é nesta descoberta e na invenção de uma nova vida que encontra forças para não enlouquecer e seguir adiante.
Em A noite devorou o mundo, Agarmen mostra como é possível contar uma assustadora história sem perder o lirismo e o humor. Um livro capaz de surpreender os mais empedernidos fãs dos zumbis.

O mês de Janeiro, portanto, fechou com essas duas aquisições. Ótimas, por sinal.

Para falar a verdade, fiquei bem dentro do orçamento, que estabeleço em três livros por mês, cumulativamente.

Ambos tomos já foram lidos, para não me desgraçar mais ainda.

Até a próxima,

C.R.